sexta-feira, 23 de maio de 2014

FOTOS QUE FORAM COLOCADAS NOS CARTAZES.

A bandeira da Argentina foi  desenhada por um aluno e pintada por outros, o coelho foi pedido para uma criança desenhar enquanto a professora escrevia a palavra chave.






MODELOS DE CARTAZES QUE FORAM USADOS NESTE ANO - 2014


Descrição: F:\eva e mdf\Foto1458.jpg

CADELA
CA  DE    LA

CA              CO     CU
DA  DE DI  DO DU
LA   LE  LI  LO   LU
Descrição: F:\eva e mdf\Foto1820.jpg

SAPATO
SA   PA   TO

SA   SE   SI  SO    SU
PA  PE   PI  PO    PU
TA   E   TI  TO    TU
Descrição: F:\eva e mdf\Foto1561.jpg

BONECA
BO   NE   CA

BA  BE  BI   BO   BU
NA  NE NI  NO   NU
CA            CO  CU
Descrição: F:\eva e mdf\Foto1747.jpg
MENINO
ME    NI    NO

MA ME MI MO  UM
NA NE NI  NO  NU


Descrição: G:\mamãe 1\Foto1966.jpg
COELHO
CO   E   LHO

CA               CO    CU

A     E    I     O     U

LHA LHE LHI  LHO LHU












ARGENTINA
AR   GEN   TI   NA

AR   ER   IR   OR   UR
GEN      GIN
TA   TE   TI   TO   TU
NA   NE  NI  NO   NU

Descrição: F:\brincando de fotógrafo\P2030039.JPG
NATUREZA
NA  TU  RE  ZA

NA NE NI  NO  NU
TA TE  TI   TO   TU
RA RE  RI   RO  RU
ZA ZE  ZI   ZO   ZU

MAIS IDEIAS PARA AMBIENTE ALFABETIZADOR













DECORANDO O AMBIENTE ALFABETIZADOR.











quinta-feira, 22 de maio de 2014

Meu jeito diferente de alfabetizar

Minha maneira diferente de alfabetizar:
No início do ano, durante a primeira semana, levo os alunos a entenderem para que serve cada parte da escola e suas funções. As normas da sala são elaboradas por eles, e já no terceiro dia faço o primeiro teste diagnóstico e vou sondando possíveis nomes, como no construtivismo deixo que cada criança construa  a sua maneira as palavras, vou construindo tabelas de palavras “chaves” de interesse e do dia a dia do alunos.
Para cada palavra, tento usar cerca de três padrões silábicos simples, e usando a técnica de Paulo Freire, fecho em uma semana o estudo de cada palavra e misturo tudo da seguinte maneira.
Todos os dias após a oração inicial, ida ao banheiro, diálogo sobre novidades, dinâmicas diferentes de “QUANTOS SOMOS”, o calendário, e colocado no quadro a programação para o dia.
Daí vem uma parte do grande segredo: com painel na parede exposto letras e números em várias grafias, em ordem e misturado estão o alfabeto, os números, uma sala alfabetizadora, desenhos e religiosamente todos os dias, já na primeira semana, aponta-se letra por letra, fala-se o nome, som de cada letra, método fonético, e alguma palavra que inicia com a letra indicada ou termina com a letra indicada, às vezes aponta-se um numeral, diz-se o nome, como mostrar com os dedos, maneiras de chegar àquele total. Depois de passar por esse processo parte-se para algum jogo, geralmente riscado no chão ou sobre a mesa (tamanho grande).
Isso acontece geralmente no horário antes do lanche, recreio e por ser longo e cansativo, porém necessário, às vezes vou vestida de moleca, palhaço, índio, cowboy, deito no chão... dentre outras coisas, para não ficar muito maçante, outras vezes, ainda, pego as letras do alfabeto de dentro de um chapéu, saco, caixa ou mala e faço o mesmo processo (nome e som). Nesta primeira semana após o recreio as atividades são muito voltadas para lateralidade, desenhos, traçados sem compromisso do nome próprio e dos colegas, desenhos livres, pinturas...
1º dia da semana de introdução de padrões
na segunda semana, vem a segunda parte de meu segredo de alfabetizar diferente, o primeiro horário se torna rotina, mas aí com mais rapidez. No horário após o recreio inicio com a primeira palavra chave. Por  exemplo: abacate, libélula, cadela, boneca, amigo (ou qualquer outra que for captada no início com as conversas individuais durante o diagnóstico inicial).
Fica a dica: As crianças fixam mais quando é algo que os chama a atenção, música, livros animados, filmes, caixa surpresa...
Neste ano, para a primeira palavra levei uma cachorrinha e dei a ela o nome de Lala, daí trabalhei a    palavra chave CADELA, porque a palavra que a maioria mencionou foi cachorro; no cartaz lá estava o desenho da cadela, o nome da palavra geradora método Paulo Freire, CADELA – separada as sílabas CA DE LA e os padrões silábicos   CA- CO- CU-DA-DE-DI-DO-DU-LA-LE-LI-LO-LU
      CADELA          CA  DE  LA
   
      CA                 CO     CU

     DA  DE   DI   DO    DU

     LA   LE   LI    LO    LU

Depois de brincarem com a pobre da cachorrinha, falar sobre o pelo que lhe cobria o corpo, macia, áspera, cor, dentes, como nascem, quantas patas, de que se alimentam, comida, água, higiene, semelhança com os outros animais domésticos e selvagens... e tudo o que puder explorar, vimos o sexo do animal, descobriram que era uma cadela, disse o nome da mesma – propositalmente LALA.
Só aí apresentei o cartaz para apreciarem o desenho e “lerem” o nome CADELA. No chão é desenhada por eles, a canetão ou giz o cachorrinho que eles têm em casa, os quem não têm o que já tiveram, ou o que gostariam de ter.
A professora, por sua vez, também desenha no chão os nomes: cadela, Lala e os desenhos do CCCC e do L maiúsculo e minúsculo, com letra manuscrita  bem grande, depois de admirar os desenhos dos mesmos, eles passeiam por cima das letras traçadas sem saber que são letras.
De dever escrito de início é só escrever a palavra cadela Lala e cobrir o desenho C, L com letra manuscrita, sem saberem que é letra, apenas um desenho, passam por cima, depois tentam fazer sozinhos sem compromisso de os desenhos serem ou não igual ao da professora.
2º dia da semana
No dia seguinte ao fazerem a leitura das letras e sons do alfabeto já se pede ao chegar às letras trabalhadas, não mais palavra que inicia com a letra e sim qual pedacinho que forma se colocar uma vogal, exemplo letra D, qual nome D, qual som D, e se colocar o A fica DA, e se colocar o U fica DU, uma palavra que inicia com DI ( DIEGO), e assim faz só com as letras que já foram trabalhadas na palavra chave. Cuidado para não tornar cansativo demais.
Parte para o cartaz e leia para os alunos o nome CADALA bem devagar como se só soubesse os sons das letras para que ao ouvirem percebam que faz sentido repetir o som de cada letra todo dia, pedir para que circulem os pedacinhos da palavra CADELA dentro dos padrões, já diz a eles que ali são os membros da família do C, do D e do L, já cria uma história par ter sentido o nome família nos padrões; (eu, particularmente sempre digo que a consoante é o ‘papai’ que casou com a ‘mamãe’ vogais e nasceu os filhinhos, DA, DE, DI, DO DU) quando falo da consoante C, digo que ele casou-se duas vezes no primeiro casamento teve apenas os filhos CA, CO, CU e que depois eles conhecerão a outra família do C.
Já parto para a brincadeira de formar musiquinha com as famílias, a fim de melhor registrarem. Parto para a maneira das letras se apresentarem de diferentes maneiras, assim como a gente se veste e as vezes fica totalmente diferente, mas continuamos sendo a mesma pessoa, a fim de que não sentirem assustados com tantas informações, apresento os tipos de grafias, inclusive as letrinhas de mão... Peço para riscarem as maneiras de se apresentarem aleatoriamente em folha de papel sem exigir nada; conta quantas letras cada um consegue escrever, copiar e registro no quadro ou na folha daqueles que mais tiverem dificuldade, ou que fizerem questão de mostrar, mais não deixando de dar atenção a todos. Com o tempo isso se torna tão normal para eles que eles mesmos já traçam e contam.
3º dia da semana
No terceiro dia após leitura das letras, sons, palavras que iniciam com uma letra ou outra, sílabas que formam com as letras que já estudaram, passam a formar palavrinhas usando as famílias já estudadas, conta-se quantas palavras já formaram, faz-se a lista e coloca na parede, lista enumerando cada palavras para irem visualizando os desenhos dos números (eu particularmente coloco em um tripé que tenho em minha sala e passa a fazer parte da leitura de parede do dia a dia).
5º dia da semana
No quinto dia após fazerem leitura de letra nome, som, palavra com letra inicial ou final, com sílaba (estudadas) no início ou no final da palavra e ler a lista de palavras, parte-se para exercícios rodados, sem esquecer que no rodapé de cada tarefa, coloca-se uma letra com traçado manuscrito, independente que seja do padrão estudado ou não, usando sempre maiúsculo e minúsculo para as crianças irem se familiarizando com o traçado das letras, menos de um mês você já pode cobrar letra manuscrita para escrever o nome próprio e outras palavras simples.
Avaliar cobrando sutilmente as sílabas através de fichas relâmpagos, de bingos, de preguicinha, de pequenos ditados do menino travesso, jogos e no meio dessas sílabas coloque palavras monossílabas, até dissílabas dentro dos padrões já trabalhados, levando em conta a escrita do ponto de vista do aluno, respeitando a evolução de cada criança. Emilia Ferreiro
1º dia da semana seguinte
Na segunda semana já explora a segunda palavra chave também da escolha dos alunos, e segue os mesmos passos da rotina da semana anterior com os seguintes cuidados:
Palavra do meio deles,
Palavra trissílaba com padrões simples,
Usar algo interessante para chamar a atenção,
Evitar repetir logo de cara sílabas da primeira palavra,
Formar palavras usando também as sílabas já conhecidas,
Ao ler as letras, ler também os sons (sem nunca os deixar de lado),
Ler os padrões sempre que chegar à letra já estudada,
Indicar sempre palavras que inicia com as letras ainda não trabalhadas,
Palavra que inicie com as sílabas já trabalhadas, dia com uma sílaba e no outro dia pega outra para não cansar demais,
Ler as palavras da lista todos os dias até dominarem,
Ao fazerem as tarefas da sexta-feira, na terceira semana já pode fazer pequenos ditados com três ou cinco palavras.
Na terceira semana já começar a fazer pequenas frases e registrar em cartazes que farão parte das leituras diárias. No inicio da aula após o recreio, os acalmo com uma parte de história de um livro que leio aos poucos, levo semanas para LER até o final.
Importante: Iniciando este trabalho desta maneira, quando der início aos Projetos de Reagrupamento, recreação, informática, educação física o número de alunos PS serão bem pequeno e logo sairão desta lista.
Neste ano de 2014 em minha sala tinham 27 alunos matriculados, destes somente 6 ficaram para a segunda etapa de alfabetização e somente 1 não conseguiu captar a mensagem e na segunda etapa passo a introduzir palavras com 1 sílaba complexa e 2 simples, da mesma maneira e muitos jogos. Iniciei com a palavra COELHO, dei como dever de casa fazerem uma orelha de coelho e em sala eu coloquei uma máscara de coelho e todos colocaram suas orelhinhas.
Obs.: Se tiverem dúvida, poste sua dúvida que terei o maior prazer em saná-la.
Esta foi uma técnica que desenvolvi durante os últimos anos e que falo sem medo para os pais na primeira reunião:
“Se seu filho não faltar a nenhuma aula e tiver a ajuda da família no auxílio das tarefas de casa, estarão lendo e compreendendo o que leu em 2 meses sem tirar nem por”.
Daí as mães agoniadas me perguntam;
_E se meu filho não faltar, tiver sempre ajuda em casa e não conseguir ler em dois meses, o que pode estar acontecendo?
Daí já é outra história... vou repassar com o tempo.
Acácia Crispim Moura